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IMIGRAÇÃO ÁRABE

       Em 1548, entre os homens de Tomé de Souza havia cristãos do Oriente. Como já tinham conhecimento do dialeto negro, esses homens serviam de intérpretes entre os da Casa Grande e os da Senzala.
       Mais tarde, já no século XVII, esses imigrantes embrenharam-se para o interior do Brasil com suas malas de mascates. Esse personagem é marcante na história da economia brasileira.
       O massacre pelos turcos em 1860, as guerras civis que se prolongaram até 1914 e o início da Primeira Grande Guerra, em que a Turquia se aliou a Alemanha, geraram muita miséria e forçou a emigração oriental. Momento que culminou com a situação de oportunidade que existia o Brasil, com a agricultura em alta e o início da industrialização. Formou-se, nessa ocasião, a segunda maior colônia de ÁRABES no Brasil - a primeira era nos Estados Unidos.
       Espalharam-se pelo país, não só nos grande centros, como nas pequenas cidades do interior. De natureza peregrina desde os primórdios, adaptaram-se mais facilmente que os demais grupos étnicos. Penápolis recebeu imigrantes de Machgara ,Akrinxu, Rhina, Sultan Iacob, Damasco , Hasbaia , Bisous e Mahjes Huh, Hibarie e Beirute.
       Dos que para cá vieram, alguns se dedicaram ao comércio e uma minoria se dedicou a agricultura, já como proprietários, e também no beneficiamento de grãos. Marcante a participação da colônia nas campanhas de levantamento de fundos para a construção da Santa Casa de Misericórdia e do Ginásio do Estado, hoje EEPG Dr. Carlos Sampaio Filho. Dos que residem em Penápolis, alguns ainda mantém propriedades na terra natal e, eventualmente, para lá se dirigem.

Família Caruí Imigrantes árabes - 1961. Sentados:1-Julieta, 2-Janete, 3-Jeni, 4-Jamil. Em pé:1-José Carlos, 2-Michel Carui, 3-Milchel Hadad, 4-Farid, 5-Fays, 6-Wilson.

“Lá ele era roceiro, plantava trigo que era a lavoura maior de lá...desceu no porto de Santos e de lá, com informações de alguns parentes que aqui já estavam...trabalhando de mascate, carregar mala e é o que todo patrício faz quando chega do Líbano. Até fazer o “pé de meia”, eles mascateiam para ganhar um dinheirinho até abrir uma loja.”

Calil Amim Sader sobre seu pai

“Vim para o Brasil, em setembro de1926, saí do Líbano fugindo da revolução drusa contra os cristãos”.

Aziz Salim Sayeg

 

“Eles moravam, lá na Síria, em vilas e roças fazendo seus serviços agrícolas e não tinham vizinhos, o lazer era jogar baralho e visitar parentes à noite. Chegaram em 1912, desembaram em Santos”.

Inah Adas sobre seu pai José Adas e seus seis irmãos.

 

“...ele morava lá, depois ele viajava para o Brasil, ele ia e voltava, passava dois ou três anos lá e depois voltava para o Brasil de novo...viajava muito”.

Nadime Ayub Concon sobre José Miguel Ayub

 

“Vim para o Brasil com 17 anos de idade ,em 1928. A viagem durou 27 dias. Vim só, fui para Itú, onde fiquei oito dias, depois vim para Promissão. Escolhi o Brasil porque já tinha parentes aqui e pensei que trabalhando dois ou três anos ficaria rico, mas foi ao contrário, era bom, mas tinha que trabalhar. Comecei a trabalhar mascateando com linha e botões.”

Alberto Chuffi

Jazz Sabino Conjunto Musical - Jazz Sabino - 1938 Sentados:1-Pedro Andaló (piston de vara),2-Luis (piston), 3-Nagib Sabino (saxofone), 4-Salomão Sabino (violino), 5-Almaza Sabino (piano). Em pé:1-Clóvis Bissoli (banjo), 2-Michel Mellis (pandeiro), 3-Américo Avian (cavaquinho), 4-Isaías Marchesi (bateria), 5-Onofre Rodrigueiro (vocal), 6-Aniz Sabino (acordeon).

 

 

 

“Todos em casa estudavam música, quase todos tocam um instrumento.”

Almaza Sabino

 

 

 

“Eu me lembro que em 1948 onde é o Banco do Estado era o cinema, onde hoje é a Caixa Econômica (Federal) era a Padaria Vitória, tinha o serviço de alto-falantes ali. Tinha o Clube Corínthians , ficava em frente a farmácia da esquina, o Penapolense lá em baixo, onde é o Museu do Sol hoje e tinha outro clube também, Clube Recreativo Espanhol, lá em cima. Haviam dois bancos...um footing em frente ao cinema...era movimentado...as ruas eram pedegrulhadas.”

Nemer José Ayub

“Cheguei em Penápolis em março de 1927, parei na estação, me falaram que tinha um patrício que tinha um bar lá, era o finado Sabino, pai do Nagib Sabino. Eu cheguei, encostei e fiquei olhando...fizemos amizade... Comecei a mascatear pelos bairros do Paraguai, Araponga, Lageado, Matão de Cima, Matão de Baixo, Bonito, Alto Alegre, enfim...andei por mais ou menos dois meses com a mala na mão, ganhei dinheiro, comprei um cavalo e comecei a mascatear a cavalo, ajustei um pernambucano como empregado - esse Pedro Pereira, hoje é advogado.

Abdul Karin Mohamad Baracat

 

“...em alto mar, a tripulação era de gauleses e eu nunca tinha visto negros em toda a minha vida e aquilo me apavorou mais ainda que a água e eu ficava dizendo que não queria vir para o Brasil, o que eu vou fazer lá?”

Josefina Sayeg Humsi

 

“No navio estavam pessoas de todos os lugares do Oriente: turcos, sírios, iranianos, árabes, armênios, iraquianos, muito árabe, sabe. O navio parece que vinha do Egito, pois a maioria dos marinheiros eram egípcios.”

Linda Zeine Issa

 

"O Brasil era o país das esperanças...”

Nazira Elias Sader Koure

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