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IMIGRAÇÃO JAPONESA

Inicialmente, trabalharam na lavoura de café. Com a queda desse grão, optaram pela policultura e horti - granjeiros. Hoje, atuam em todas as áreas econômicas do município.
Aportados em Santos, a partir de 1908, seguiram de trem, para várias regiões do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e norte do Paraná. Das famílias que se fixaram em Penápolis, algumas estiveram antes em outras regiões do estado e norte do Paraná. As que para cá vieram se instalaram, inicialmente, nas fazendas Chatembled em Cafelândia, na Suissa em Lins, na Degredo em Avanhandava e na Canta Galo em Penápolis.
Habitantes de uma área, cujo clima é, de modo geral, ameno e a alimentação à base de cereais, frutas e hortaliças, peixe de água salgada, temperos picantes, mas pobres em gorduras. Tiveram que se adaptar ao clima tropical, onde a alimentação é rica em gorduras, farináceos, carnes vermelhas e o peixe é de água doce. Isso gerou todos os tipos de desarranjos orgânicos. Se, no Japão, a assistência médica era regular, aqui era nenhuma. Sequer havia farmacêutico na zona rural, forçando-os a descobrirem, de forma empírica, a cura pela ervas da região.
No Japão, a religião era budista, oriunda da Índia e introduzida no país, via China e Coréia, enquanto que no Brasil as religiões se entrechocavam. No começo do século, podiam-se observar elegantes templos protestantes, ao lado de igrejas católicas. Os japoneses apenas se radicavam na nova terra. “Ingressaram ao catolicismo, atraídos pela suntuosidade dos templos e magia dos ritos, que os fazia lembrar da religião oriental.” Embora muitas famílias, hoje por convicção, continuem adeptas do catolicismo, outras voltaram às suas origens através da Sei - Sho - No - Iê, da Messiânica e do próprio Budismo. Independentemente da religião, todos têm, em suas casas, um oratório particular, onde cultuam, diariamente, seus mortos. Ou seja, mesmo absorvendo nossa cultura, preservam suas tradições.
A alfabetização era primordial, para que seus filhos não enfrentassem as mesmas dificuldades, que eles com o idioma. Os primeiros imigrantes tentavam se comunicar através de gestos e de sons, que muitas vezes não eram compreendidos. Esse isolamento gerava uma série de outros problemas, que os levavam a um estado agudo de angústia e depressão, que terminava, em casos extremos, na morte.
Por isso, a primeira medida que tomavam, após construírem seus núcleos, era a construção de uma escola, ainda que precária. Solicitavam da prefeitura uma professora, a quem garantiam abrigo e alimentação.

Família de imigrantes japoneses - Kengi, Tsuneikui, Matsu, Tsunezo, Massu (família Arikava) - 1062.

 

“A casa é diferente, lá era de chão, não era de tijolo, aqui era de barro, onde

eu cheguei. Lá era de madeira com divisões de biombo. Todas eram iguais, no mesmo estilo, mesmo desenho.”

Hisako Serisawa

 

 



“Chegamos em 1933. No Japão plantávamos flores e os irmãos mais velhos vendiam na feira da cidade de Saporo, estado de Hokaido. Aqui era café. Lá era frio o ano inteiro, durante 6 meses era só neve, de dezembro a fevereiro eram os meses mais frios.”

Kyoko Shimada

“Eu vim porque meu pai veio, ele veio para ganhar dinheiro, fazer fortuna e voltar para o Japão. A intenção era ficar uns 10 anos aqui e depois voltar.”

Hatsumi Yamanouki

 

“Aconteceu uma coisa engraçada, era 7 de setembro e havia festa em todo o porto, eles pensaram que os foguetes, rojões, eram a recepção e ficaram encantados de início, mas quando descobriram, que não eram para eles, ficaram frustrados...daí começou a realidade. Viemos de Yokohama para Santos. Uns imigrantes nos esperavam. Fomos para “Rinso” (Lins). Minha mãe era professora lá, aqui pegou na enxada”.

Mitsuyuki Kono

Escola para japoneses Escola construída por japoneses na zona rural, em 1950.

"Na imigração tinha que vir casado, mas eu não vim como imigrante, vim num navio cargueiro. A imigração já estava no fim, em 1930. Para falar a verdade, eu fugi da guerra, eu já sabia que ia ter.”

Haruo Kondo


“No tempo da guerra (Segunda Grande Guerra Mundial 1939-1945) morava no sítio em Braúna. Foi muito difícil. Japones, coitado, não dava para viajar e nem para conversar também.”

Torahito Yamanaka

...a intenção era trabalhar, para ganhar muito dinheiro e assim voltar, mas o sonho acabou. Pois o salário era muito pouco, eu era bóia - fria e não tinha condições nenhuma. Aos poucos foi melhorando. Eu tinha vontade de voltar ao Japão para rever meus pais e irmãos, mas era tarde demais. Todos já haviam falecido. Só restava eu. Agora o meu pensamento estava voltado para minha esposa e filhos, eu tinha que lutar por eles aqui mesmo.”

Tokuji Toma

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